Ex-primeira-dama e esposa durante 22 anos do ex-presidente Fernando Collor, Rosane afirmou ontem, em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, que o hoje senador recorreu à magia negra durante o período em que comandou o Brasil, inclusive com sacrifício de animais. Vinte anos depois do impeachment do ex-presidente, Rosane disse que o ex-marido mentiu sobre o seu relacionamento com PC Farias.Considerando-se um arquivo vivo, Rosane confirma que o ex-presidente fazia rituais do que chamou "magia negra" nos porões da Casa da Dinda, como ficou conhecida a mansão em que Collor morava em Brasília. A ex-primeira-dama conta que chegou a ser ameaçada ao decidir ir à casa de uma pastora chamada Maria Cecília, da Igreja Resgatando Vidas para Deus. Cecília era amiga do casal Collor, e antes de se converter à Igreja, se dedicava aos rituais de magia negra. "Recebi um telefonema dizendo que eu não fosse a esse evento porque, se eu fosse, eu iria, mas eu não voltaria. E eu repreendi, disse que não tinha medo", explicou Rosane, acrescentado que o telefonema foi anônimo, mas que as ameaças teriam partido de Collor. "(Foi) um telefonema anônimo. Eu não sei se era ele que estava no telefone. Eu sei que eram pessoas que falavam dizendo que ele tinha mandado ligar, dizendo que eu não fosse para aquele culto, porque se eu fosse eu não voltaria." A hoje pastora Maria Cecília relatou, em um CD, duas fases do trabalho que fez para Collor. Um para ele chegar à Presidência: "Foi um trabalho muito sério. Foi um trabalho imundo, podre, nojento, para que se colocasse ali, na Presidência da República, aquele homem para administrar o Brasil". No outro, com Collor já como presidente, afirmou, falando em terceira pessoa: "E ela teve que ir para Brasília, improvisar, na Casa da Dinda, um lugar que fosse para o atendimento do marido e da esposa que estavam na Presidência da República. E ela deu continuidade àquele trabalho por um longo tempo."
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