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sábado, 11 de fevereiro de 2012

PMS ACUSADOS DE TOCAR O TERROR NA BAHIA


Dois policiais militares acusados da chacina de cinco moradores de rua em Salvador foram apresentados nesta sexta-feira (10) pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e encaminhados para a Corregedoria da Polícia Militar, onde estão detidos. Outros dois PMs, também suspeitos de envolvimento com os crimes, estão foragidos.

Os crimes ocorreram na sexta-feira (3) da semana passada, quarto dia de greve da PM baiana, quando a escalada de violência em Salvador e na Região Metropolitana alcançou o auge. Nesse dia foram registrados 32 homicídios. Entre eles, sete praticados contra moradores de rua.

Os soldados PM Donato Ribeiro Lima, de 47 anos, e Willen Carvalho, de 34, são acusados de executar cinco moradores de rua e atirar contra outros dois na Avenida Jorge Amado, no bairro da Boca do Rio, no dia 3. Ambos também são suspeitos de um triplo homicídio em 2011 e um homicídio em 2010, todos no mesmo bairro.

Willen foi preso na quinta-feira (9), no Comando de Operações da Polícia Militar, no Quartel dos Aflitos, onde trabalhava. Donato foi preso em casa, no bairro de São Caetano.

Estão foragidos os soldados Jair Alexandre dos Santos e Samuel Oliveira Menezes, também acusados de outros quatro homicídios no ano passado.

A polícia apura se os PMs são ligados ao núcleo radical da greve dos policiais militares e se a morte dos moradores de rua teria o objetivo de fazer crescer o pânico entre a população. Em entrevista na semana passada, o governador Jaques Wagner disse que não tinha provas, portanto não podia acusar, mas acreditava que a morte de 15 moradores de rua durante os primeiros dias de greve foi praticada por elementos radicais ligados ao movimento.

Outra linha de investigação busca estabelecer se as mortes teriam ocorrido por encomenda de comerciantes do bairro, interessados aproveitar a escalada de violência em decorrência da greve para fazer uma “limpeza” na área, livrando-se de pessoas às quais seriam atribuídos pequenos furtos.

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