Carlos Augusto é porteiro da escola IME/Pontal, em Ilhéus.
Em julho de 2008, após ser aprovado em concurso, ele assumiu a vaga.
Carlos Augusto quer mais. Deseja ser professor, por isso, prestou o último vestibular da UESC, almejando o curso de geografia.
O esforço valeu a pena e seu nome saiu na lista dos aprovados.
Mas surgiu um problema. As aulas do curso, já iniciadas, são matutinas, ou seja, ocorrem no turno em que ele trabalha na escola.
Segundo Carlos, a secretária de educação, Lidiney Campos, deu três datas para resolver o problema. Expirados os prazos, ela disse que não tinha como resolver, uma vez que ele ainda cumpre o estágio probatório.
A desculpa foi aceita pelo sindicato dos professores, que representa também o servidores da educação (APPI). Lamentavelmente, os sindicalistas não insistiram na causa de um porteiro de uma escola que deseja ser professor. Que contradição!
Servidores públicos federais e estaduais podem solicitar mudança de turno em situações parecidas. Para o azar de Carlos Augusto, os municipais ainda não gozam desse direito.
Por outro lado, na prefeitura de Ilhéus, vereadores e secretários usufruem de “jeitinhos” para romper problemas do tipo, vivenciados por seus apaniguados.
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