EUNÁPOLIS - Após mais de 30 anos de funcionamento, a principal loja da rede de supermercados Chame Chame, da avenida Porto Seguro, em Eunápolis, encerrou suas atividades neste sábado, dia 16 de abril.
É a terceira loja da empresa Viana Braga fechada em mais ou menos dois meses -antes, encerraram as atividades as lojas de Itabuna e a de Itamaraju – no rastro de uma crise cuja dimensão não é conhecida.
| Foto: Hugo Santos |
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| Após 30 anos, uma das empresas mais tradicionais de Eunápolis encerra suas atividades |
Informações obtidas pelo Fatos e Negócios, na véspera do fechamento do supermercado, em uma conversa de pouco tempo com o sócio Davi Viana Braga – que admitiu o fechamento da loja em poucos dias -, dão conta de que as unidades ainda em funcionamento no bairro Pequi, em Eunápolis, em Guaratinga e em Porto Seguro, funcionarão normalmente.
A reportagem do blog não conseguiu falar com nenhum dos sócios, para obter informações sobre a crise na empresa, que se arrasta, pelo menos, desde agosto de 2009, quando foi inaugurado em Eunápolis uma loja do Atacadão, empresa do Grupo Carrefour. Desde então, as vendas nas lojas de Eunápolis caíram de forma vertiginosa. Em dezembro daquele ano, um dos sócios admitiu queda nas vendas em torno de quase 40% e a demissão de parte do pessoal.
No final do ano passado, já se comentava no meio empresarial a existência de negociações da rede Chame Chame com outras empresas, visando, principalmente, a loja da avenida Porto Seguro. Porém, essas negociações não teriam dado certo.
Assim a empresa contratou em São Paulo um gestor, Mauro S. Miessa, que assumiu a sua administração, afastando dos cargos todos os sócios que ocupavam lugar na diretoria, tentando, assim, recuperar a Viana Braga da grave crise.
Na época, o blog falou com Miessa, que admitiu, em off, que a gestão da empresa estava “toda errada”, mas que a recuperação era possível. “Desde a arrumação das gôndolas, até a sistema de compras, está tudo errado”, afirmou na época o gestor.
No início deste ano, Miessa deixou a administração da rede, retornando a São Paulo, e os irmãos Viana Braga voltaram a gerir o Chame Chame.
Daí para cá, mais demissões foram feitas e as gôndolas passaram a ficar, cada dia, vazias, deixando bem claro que a crise se agravava. Novos rumores dando conta do fechamento da loja e negociações do imóvel para venda ou arrendamento voltaram a circular no meio empresarial. O último desses rumores ocorreu na semana que antecedeu o Carnaval, porém, a negociação não teria dado certo.
Na quinta-feira da semana passada, uma fonte do blog informou que os Viana Braga haviam fechado com o grupo Rondelli o arrendamento do prédio da loja da avenida Porto Seguro. As bases da negociação não foram informadas.
Nossa reportagem foi apurar a informação. Falou com um dos irmãos sócios do Chame Chame, Davi Viana Braga, que confirmou o fechamento da loja a partir da segunda-feira (18) e a assinatura de um contrato de aluguel com outra rede de supermercados, alugando o imóvel. Não foi informado, entretanto, o prazo nem o valor do contrato de locação.
Depois, falamos com outro sócio, Natércio Viana Braga, que desmentiu a informação. O empresário não negou, entretanto, haver uma negociação entre o Chame Chame e outra rede supermercadista.
Falamos ainda com Carlos Marchetti, superintendente Executivo de Estratégia da outra rede citada no suposto aluguel do imóvel, o Rondelli. Marchetti também não confirmou o negócio com a família Viana Braga.
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