Após o reajuste da tarifa única do sistema de transporte coletivo em Ilhéus, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Isaac Albagli, enfatiza que o município é um dos poucos da Bahia que cumpriu a Constituição Federal de 1988 e realizou concorrências públicas para a contratação de empresas para o serviço de transporte coletivo, em 2000 e 2003, por iniciativa do então prefeito Jabes Ribeiro. “Até o momento nem Salvador realizou licitação para este serviço e em Itabuna o processo foi parcial”, ressalta. O reajuste da tarifa única, autorizado pelo prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, na última sexta-feira, 30, entrará em vigência a partir da zero hora do próximo dia 8. A tarifa passará a custar R$ 2,60, com base na auditoria realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), instituição vinculada à Universidade de São Paulo (USP). O estudo foi apresentado à sociedade civil no último dia 21 de março, no auditório da Justiça Federal, pelo professor André Luis Squarize Chagas, doutor em Economia pela USP e pesquisador da área de economia regional. Segundo o pesquisador da Fipe, as características geográficas de Ilhéus são determinantes para a revisão da tarifa do transporte coletivo. O estudo considerou as grandes distâncias percorridas pelos ônibus, sobretudo em estradas vicinais, o que aumenta os custos com combustível. Também analisou o contexto histórico e econômico do município, que vem perdendo receitas importantes nos últimos anos, com a crise da lavoura cacaueira, principalmente as oriundas da distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e o Fundo de Participação dos Municípios. O reajuste da tarifa para R$ 2,60 considerou a defasagem dos custos das empresas que exploram o sistema - que solicitaram aumento da tarifa para R$ 3,19 - parecer favorável do Conselho de Transportes do Município (Comutrans) e manifestação da Câmara Municipal através do ofício nº 124/2014, em cumprimento à Lei Orgânica do Município de Ilhéus (LOMI).
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