O governo anunciou a 3ª Etapa do Programa de Concessões de Rodovias Federais, onde está prevista a privatização (cobrança de pedágio) no trecho baiano da BR 101, situado entre as cidades de Feira de Santana e Mucuri. A concessão terá o prazo de 25 (vinte e cinco) anos e prevê a instalação de nove praças de pedágio ao longo dos seus 772,3 km. O preço estimado conforme reportagem do Jornal A Tarde inicialmente é de R$ 57,60 (cinquenta e sete reais e sessenta centavos) a preço de hoje para o transcurso de todo o perímetro. O leilão da concessão está previsto para o mês de maio e a assinatura do contrato deve acontecer em setembro. Os pedágios serão cobrados nas cidades de São Gonçalo dos Campos, Conceição do Almeida, Wenceslau Guimarães, Ubaitaba, Buerarema, Mascote, Itabela, Itamarajú e Caravelas. O cidadão brasileiro paga uma das maiores cargas tributarias do mundo e em contrapartida obtém serviços públicos geralmente de baixa qualidade e como se não fosse o bastante o governo agora projeta pedagiar todas as rodovias brasileiras (inicialmente as mais rentáveis), os governantes que não enfrentam de frente o superávit primário, pretendem aumentar os investimentos as custas de tributos indiretos através da concessão a iniciativa privada de rodovias, ferrovias e aeroportos, o que é mais uma vez socialmente injusto. Os pedágios afetarão a todos, pois serão embutidos no valor dos fretes e das passagens. Alem disso num futuro não muito distante, eles chegarão às vias urbanas, como já acontece em São Paulo e Rio de Janeiro e breve em Salvador. Em vários estados já estão acontecendo manifestações e atos espontâneos de desobediência civil aos pedágios, prova de que o povo brasileiro não concorda com este malefício. Cabe agora a organização de um grande movimento contra a cobrança de pedágios, inclusive com a organização de um Dia Nacional de Luta. Está na hora também do cidadão exigir uma posição dos vereadores, prefeitos, deputados e senadores a cerca da questão. Uma vez que esse projeto foi gestado durante o neoliberal e privatista, governo FHC e posteriormente acolhido pelos governos Lula e Dilma com o apoio de quase todos os governadores, sem nenhum debate com a sociedade.
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