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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

População denuncia venda de senhas e péssimo atendimento em Cartórios de Itabuna


Quem precisa de serviços cartoriais em Itabuna tem muitas reclamações a fazer e nenhuma perspectiva de solução dos problemas. Os serviços estão segmentados, para não dizer que estão mesmo monopolizados. Os cartórios privatizados cobram taxas muito caras, muito além do que permite a realidade financeira da maioria dos cidadãos comuns.
No entanto, apesar do valor das taxas de serviços dos cartórios privatizados, as grandes reclamações ainda se voltam para os serviços oferecidos em cartórios ainda controlados pelo Estado. Em Itabuna, esses cartórios localizam-se num prédio localizado na Rua das Nações Unidas.
Para conseguir um serviço simples, como reconhecimento de firma, além de ter que pagar duas vezes, o cidadão é sujeitado a situações de extrema insegurança e humilhação. Os cartórios oferecem somente 10 fichas (ou senhas) de atendimento por dia. Quem precisa de uma dessas senhas, precisa chegar ao cartório no mínimo 12 horas antes de sua abertura.
Por causa disso, pessoas passam a noite na fila, na calçada, para que, pela manhã, haja a tentativa de se conseguir o atendimento, situação que coloca os usuários dos cartórios em situação de vulnerabilidade.
O problema não para por aí e agora explica-se o motivo pelo qual os usuários precisam pagar duas vezes: a inadequação organizacional desses cartórios está alimentando o mercado paralelo e ilegal de acesso aos serviços cartoriais. Atentos à pequena quantidade de senhas distribuídas diariamente, três rapazes passam a noite na fila, pegam as primeiras senhas e as comercializa entre pessoas interessadas em conseguir atendimento. Quem ‘compra’ uma dessas senhas, além de pagar o serviço cartorial, ainda paga para aqueles que ‘loteiam’ o atendimento.
O mercado ilegal tem o aval dos funcionários dos cartórios. Uma vez que os rapazes já são conhecidos como “comerciantes de senhas”, os próprios cartórios deveriam coibir o abuso e impedir que eles peguem senhas, mas não é o que acontece. (Fonte: Blog do Ricky)

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