Representantes do governo de Israel e do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, chegaram a um acordo para instaurar um cessar-fogo na região às 19h GMT (21h em Jerusalém e 17h em Brasília) desta quarta-feira, anunciou o ministro das Relações Exteriores egípcio, Mohamed Kamel Amr. A informação, divulgada pela agência AFP, se segue a um dia de negociações que terminaram sem acordo entre ambas as partes para suspender as agressões mútuas que já deixaram pelo menos 152 mortos (147 palestinos e 5 israelenses).
Os esforços do Egito para obter uma trégua permitiram "um acordo sobre um cessar-fogo", disse o chanceler egípcio durante coletiva de imprensa com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. O Egito foi, até agora, o principal mediador das partes israelense e árabe. Estados Unidos e Turquia também enviaram representantes, bem como as organizações internacionais ONU e Liga Árabe.
"Os Estados Unidos comemoram o acordo de hoje sobre um cessar fogo", declarou Clinton. "Nos próximos dias, os Estados Unidos trabalharão com seus aliados na região para consolidar este progresso", acrescentou. "Esse é um momento crítico para a região. O novo governo do Egito está assumindo a responsabilidade e a liderança que há muito tem feito deste país uma pedra angular para a estabilidade regional e a paz", disse.
O presidente americano, Barack Obama, elogiou aquilo que considera serem os "esforços" de Israel pela trégua. "O presidente expressou sua satisfação em relação aos esforços realizados pelo primeiro-ministro por um cessar-fogo durável e por uma solução a longo prazo, em cooperação com o novo governo egípcio", informou o Poder Executivo americano. Em conversa com o presidente egípcio, Mohammed Mursi, Obama também "reafirmou a estreita aliança entre EUA e Egito e deu as boas-vindas ao compromisso de Mursi pela segurança regional".
Por meio de nota, o governo israelense disse que relatou as tratativas ao governo americano. O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, "falou rapidamente com o presidente Barack Obama e concordou com sua recomendação de dar uma chance à proposta de cessar-fogo egípcia, e desta forma fornece uma oportunidade para estabilizar a situação e acalmá-la antes que mais ações fortes sejam necessárias", disse a nota de Tel Aviv.
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