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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ESQUIZOFRÊNICO ATIRA EM TRÊS PESSOA

O advogado contratado pela família do homem que atirou em três pessoas na manhã desta quinta-feira, na região da Aclimação (na zona sul de São Paulo), afirmou que a mãe dele havia entrado com um pedido de interdição após o filho, que sofre de esquizofrenia, sair de casa há cerca de dois meses.
 
Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress
Policiais cercam casa onde homem que atirou contra três pessoas se esconde, na Aclimação, zona sul de SP
 
 
Segundo o advogado José Conciolito, a mãe de Fernando Gouveia, 32, localizou o filho após algum tempo desaparecido morando na casa de uma psicóloga. Como ele não retornou para casa, ela então teria procurado o advogado e entrado com um pedido de interdição na Justiça.
Com o ordem judicial, Fernando deveria passar por uma avaliação e posteriormente poderia ser internado em uma clínica particular em Itapira (a 164 km de São Paulo). Ele, no entanto, resistiu após a chegada do oficial de Justiça a casa em que estava na manhã de hoje.
 
 
Ao todo, estiveram no local o oficial de Justiça, três enfermeiros, um médico e o advogado da família. Ao ser informado da ordem judicial, Fernando atirou e atingiu o oficial de Justiça na região do tórax, um enfermeiro no rosto e a psicóloga que morava com ele no braço.
 
As três pessoas atingidas foram socorridas e estão no pronto-socorro Vergueiro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os dois homens --de 37 e 49 anos-- e a mulher de 45 ainda estão sendo atendidos e o estado deles é estável, mas não foram passados detalhes.
Após ferir as três pessoas, Fernando entrou na casa e se recusa a sair, de acordo com a Polícia Militar. "A ação é mais difícil porque ele está fora do seu estado natural. Seria mais fácil se ele estivesse completamente consciente", afirmou o tenente-coronel Marcelo Ignatari, que participa das negociações.
 
Fernando mantém contato com os policiais por telefone. Ele disse que está ferido na cabeça e no braço devido a uma luta corporal que teria ocorrido com um dos enfermeiros. Ele também afirmou aos policiais que possui três armas e não fez nenhum exigência, apenas se recusa a sair da casa.
"A invasão é uma hipótese, mas agora estamos fazendo apenas negociação. Nós queremos mostrar que a única alternativa para ele é se entregar", afirmou o tenente-coronel. Um psicólogo da PM também participa das negociações.

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