Uma nova droga que deve chegar ao País a partir de março permitirá que o paciente com câncer de próstata avançado – que já não pode ser tratado com cirurgia – receba a medicação a cada seis meses. Urologistas observam que a periodicidade favorece a adesão ao tratamento e traz mais conforto ao paciente. A novidade foi discutida na semana passada em São Paulo, no 12º Congresso Paulista de Urologia.O acetato de leuprorrelina, que tem o nome comercial de Eligard, faz parte do grupo de medicamentos usados na hormonioterapia.Para pacientes que são diagnosticados em estágio mais avançado, com metástase, a supressão do hormônio masculino é a primeira alternativa terapêutica, na medida em que é esse hormônio que “alimenta” o tumor. Caso a terapia hormonal falhe em suas várias formulações, recorre-se à quimioterapia, definida como segunda linha de tratamento. A cirurgia de retirada da próstata só é indicada em casos diagnosticados precocemente.Para o especialista americano David Crawford, que participou do congresso, o desenvolvimento da hormonioterapia vai fazer com que, no futuro, o câncer de próstata avançado seja tratado como uma doença crônica. ‘Temos esperança de transformar o câncer de próstata avançado em uma doença controlável. Talvez não curável, mas também não se cura diabete ou hipertensão, apenas se trata”, diz o urologista, chefe da seção de Uro-Oncologia da Universidade do Colorado.
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