Apesar de os bancos anunciarem redução dos juros de financiamentos em diversas frentes, pressionados pelo governo federal, as administradoras de cartões de créditos de loja e supermercados os mantiveram intactos nas faturas emitidas este mês. Em alguns parcelamentos, são cobrados juros de 19,99% ao mês. O valor é quase 30 vezes maior que a taxa mensal básica (Selic), de 0,68% ao mês (8,5% ao ano). Diante dos valores elevados, muitas vezes embutidos no custo efetivo total da compra, o cliente deve ficar atento antes de qualquer aquisição parcelada. Segundo Gilberto Braga, economista e professor de finanças do Ibmec, é preciso lembrar que os cartões sem anuidades também oferecem riscos ocultos. “É comum as empresas exigirem que o consumidor use o cartão todo mês. Além disso, cobra-se, em geral, uma taxa de manutenção”, afirma. É importante ter cuidado também com os cartões de recompensas, que estimulam gastos a fim de acumular pontos. Nestes casos, o cliente pode trocar a pontuação por itens, como eletrodomésticos, eletrônicos, viagens aéreas, entre outros. “A quantidade de pontos que o usuário precisa acumular é grande, o que estimula cada vez mais gastos e gera descontrole”, diz o economista.
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