Tranquilos até poucos dias atrás com o tiroteio entre PT e oposição, que mantinha o PMDB distante do alvo central da CPI do caso Cachoeira, integrantes da cúpula do partido começaram a se mobilizar no fim de semana para tentar blindar o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e evitar que seja aprovada sua convocação para depor logo no início dos trabalhos. Dirigentes peemedebistas não escondiam ontem o desconforto e a preocupação com a superexposição das relações de Cabral com o dono da Delta, Fernando Cavendish, em fotos divulgadas pelo ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). A avaliação feita em conversas reservadas era de que a CPI começa a caminhar com as próprias pernas, e que a cúpula do PMDB terá que rever sua estratégia inicial de se manter à margem da CPI que nunca quis. Por isso, apesar do feriado de hoje, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), chega a Brasília para uma reunião com o presidente licenciado do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e com o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), para discutir como conduzir o caso e não deixar que o foco da CPI extrapole o objeto de sua criação: o esquema Carlinhos Cachoeira, Delta e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Nenhum comentário:
Postar um comentário