O livro “Memórias de uma guerra suja” (Top Books, Rio), dos jornalistas Rogério Medeiros e Marcelo Netto, vai mudar versões consolidadas de fatos da História recente, e dará relevância definitiva à Comissão da Verdade, no Congresso. Nele, há revelações bombásticas, como a existência, até hoje desconhecida, de fornos crematórios onde o regime militar dava sumiço a presos políticos mortos sob tortura ou em tiroteio. Um deles funcionava em uma usina de Campos município do norte fluminense. O livro revela que o temido delegado Sérgio Fleury não morreu acidentalmente: foi executado por colegas, como queima de arquivo. O ex-diretor do Dops-ES Cláudio Guerra, 71, que atuou no Rio, hoje evangélico, resolveu contar o que viu aos autores, capixabas como ele. Os autores de “Memórias de uma guerra suja” eram jovens e foram vítimas da repressão. Jornalistas bem sucedidos, não têm mágoas. A editora carioca Top Books, uma das mais prestigiadas do País, é que vai lançar o livro de 291 páginas, de Rogério Medeiros e Marcelo Netto. (Cláudio Humberto)
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