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domingo, 22 de abril de 2012

LARANJADA Á VISTA




A REGIÃO - Juiz quebra o sigilo bancário de Loiola, Roberto
e Ricardo Bacelar, acusados de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro da Câmara de Itabuna. A decisão foi do juiz da 2ª Vara dos Efeitos de Relação de Consumo, Cível, Comercial e Fazenda Pública, Gustavo Silva Pequeno. vereadores
      Além dos políticos, ela atinge empresários e ex-ocupantes de cargos de confiança do Legislativo e já foi publicada no Diário do Poder Judiciário da Bahia.
      Nela, o magistrado determina que o Banco do Brasil encaminhe, sigilosamente, as informações das transações bancárias do ex-primeiro secretário Roberto de Souza, do ex-presidente da Câmara Clovis Loiola de Freitas e do ex-2º secretário Ricardo Bacelar.
      O juiz Gustavo Pequeno estabelece que sejam encaminhadas, em 10 dias, as informações “acerca da existência de contas corrente, poupança ou aplicações financeiras em nome dos requeridos, bem como ao Banco do Brasil, para que forneça os extratos bancários relacionados à conta indicada”.
      Sigilo fiscal
      O juiz também determinou a quebra do sigilo fiscal de Ricardo Bacelar, Clovis Loiola e Roberto de Souza. Na sentença, manda que a Receita Federal forneça, também em 10 dias, cópia das declarações de renda de 2009 e 2010. O intuito é verificar uma possível evolução patrimonial estranha dos acusados.
      Além dos três, tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados pela justiça o ex-chefe do setor de Recursos Humanos, Kleber Ferreira da Silva, o ex-diretor administrativo da Câmara de Itabuna, Alison Cerqueira Rodrigues e o ex-chefe de gabinete do vereador Loiola, Eduardo Menezes.
      A decisão judicial atinge ainda Antônio José Pinto Muniz e José Rodrigues Júnior, que ocupavam cargos comissionados na Câmara de Itabuna, além do empresário Rui Barbosa Silva, e demais representantes da Mozaico Fábrica de Resultados.
      Rui é um dos donos da empresa e Muniz era muito ligado ao vereador Roberto de Souza.
      O juiz Gustavo Pequeno manda citar os acusados para apresentar defesa, caso queiram, no prazo de 15 dias.
      Bloqueios
      O juiz Gustavo Silva Pequeno já havia acatado ação movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) para bloquear os bens dos acusados de montar um esquema com a contratação de “laranjas” para desviar dinheiro público.
      Estão com os bens bloqueados Clovis Loiola, Kleber Ferreira, os “laranjas” Lucélia Oliveira Santos, Daína Santana Moreira, Vilma Sueli Monteiro Gomes, Edson Alves Moreira, Jociana Lima Reis e dos irmãos Robson e Reinaldo Nascimento Silva, além do ex-servidor José Rodrigues Júnior.
      O valor bloqueado foi de R$ 437 mil das contas de todos os envolvidos.
      É exatamente esse o valor que o grupo é acusado de ter desviado com um dos esquemas, envolvendo a inclusão de “fantasmas” como sócios de empresas que ganhavam licitações previamente combinadas, segundo denúncia feita pelo promotor de Justiça Inocêncio Carvalho.
      Na foto, os vereadores Clovis Loiola, Roberto de Souza e Ricardo Bacelar.

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