O Domingo de Páscoa foi de sol em Teresópolis, mas, para muitos moradores, atingidos pelas enchentes do fim de semana — que mataram cinco pessoas e deixaram 189 desabrigados —, o difícil é recomeçar sem ter para onde ir. Pelo menos 10 mil famílias tiveram suas casas condenadas pela Defesa Civil, além de 3.400 unidades que, segundo o Ministério Público, foram destruídas pelos temporais de janeiro de 2011. A lentidão do governo e da Justiça tem atrasado a construção dos imóveis e investimentos nas áreas de risco. Até hoje, nenhum apartamento foi entregue aos desabrigados na Região Serrana. Há 5 meses, R$ 390 milhões do governo federal foram liberados para obras de dragagem e contenção de encostas na Serra. Mas até hoje aguardam para serem licitados. O vice-governador Luiz Fernando Pezão informa que o estado investiu R$ 80 milhões na reconstrução de pontes e mais R$ 150 milhões em contenção de 20 encostas em 7 municípios. Segundo Pezão, a própria geografia da região dificulta as obras. “É difícil encontrar áreas planas e imóveis para alugar em locais seguros. Não houve acordo nas desapropriações que estão na Justiça. Os proprietários não concordam com o valor. Isso atrasa a entrega das unidades”, afirma.
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