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quinta-feira, 5 de abril de 2012

ALGUÉM PRECISA MORRER PARA REVELAR O "CAOS"

Um homicídio, a falta de condições estruturais e a insuficiência de recursos financeiros. Estes são alguns dos sérios problemas enfrentados pelo hospital psiquiátrico São Judas, em Itabuna. Embora não tenha espaço restrito para manter dependentes químicos em crises psicóticas, a clínica é obrigada a fazer o acolhimento desses pacientes.
O diretor José Silva Neme, durante uma entrevista ao Diário Bahia, fez muitas revelações, mostrando que a situação do serviço de saúde mental da cidade é muito mais complexa do que se imagina. O hospital virou alvo, da noite para o dia, de uma grande repercussão, após ter sido palco de um bárbaro assassinato envolvendo dois internos. Durante um surto violento, um jovem, viciado em drogas, atacou um idoso portador de transtornos mentais. O fato aconteceu há uma semana.
O psiquiatra lamentou o ocorrido e disse que o hospital, infelizmente, é também uma vítima de um caos instalado na saúde e adverte: a situação se tornou ainda mais grave depois da epidemia do crack. "Não temos leitos prisionais, temos leitos hospitalares para tratar de pacientes que têm transtornos mentais, e não para guardar marginais drogados", disparou o médico.

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