A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) enviou técnicos da vigilância epidemiológica a Itabuna para discutir medidas de controle da dengue, que apresentou aumento de casos da ordem de 1.171%.

Apesar da evolução assustadora da doença, os técnicos não liberaram a aplicação de fumacê em todo o município. A decisão da divisão de vigilância é contestada até mesmo internamente.

Técnicos graduados da 7ª Dires afirmam que apenas a aplicação de fumacê “em 100% da cidade” poderá cortar a circulação de vírus e controlar a dengue. Vive-se agora situação próxima do enfrentado em 2009, quando a cidade enfrentou a maior epidemia da história e 14 pessoas morreram.

Nos 70 primeiros dias de 2011, Itabuna havia registrado 66 casos de dengue. No mesmo período deste ano, o número de casos saltou para 839. Os dados atualizados, porém, indicam que a cidade ultrapassou a barreira dos mil casos.

Um técnico do Ministério da Saúde ficou abismado com o número de subnotificações de casos de dengue no município. E dá um exemplo do ocorrido no bairro Lomanto Júnior: ao chegar à residência para a aplicação de fumacê, descobriu que todos na casa estavam com dengue, mas apenas o caso do chefe da família havia sido notificado.

E aí veio a explicação para que os outros membros da família não tivessem ido à unidade de saúde: o atendimento na rede básica de Itabuna é demorado e falta atendimento especializado para as vítimas. “O município falhou no combate ao mosquito e na qualificação das unidades de saúde. Parece que ainda não percebeu a gravidade do quadro”. (pimentablog)