O bafafá agora é em Itabuna, com Miralva Moitinho, que preside o diretório municipal, como a mais nova aliada e escudeira-mor do deputado Josias Gomes.

Geraldo Simões e Josias Gomes, deputados federais pelo PT, se esforçam para serem políticos civilizados, passando para o eleitorado a impressão de que o bafafá entre eles se restringe ao campo das ideias.

Os dois “companheiros”, quando presentes em alguma solenidade ou ato público, usam o recíproco aperto de mão para manter o simulacro de civilidade.

O acirramento ficou mais transparente na vizinha cidade de Ilhéus. Na última eleição para o Parlamento, a votação de Josias superou a do ex-prefeito de Itabuna.

O ainda inconformado Geraldo Simões apostava todas as suas fichas de que teria mais votos do que Josias. A previsão era de uma diferença multiplicada por dois.

O bafafá agora é em Itabuna, com Miralva Moitinho, que preside o diretório municipal, como a mais nova aliada e escudeira-mor do deputado Josias Gomes.

Sobre a possibilidade do PT ter outro nome para disputar com a prefeiturável Juçara Feitosa, Geraldo diz que “outra candidatura é manipulação”.

Nos bastidores, longe do povão de Deus, o comentário é de que os miralvistas vão lançar um pré-candidato para concorrer com Juçara Feitosa na convenção da legenda.

A preocupação de petistas-geraldistas com o imbróglio envolvendo Geraldo e Miralva faz sentido. A estrela, que simboliza o PT, está mais vermelha e com as pontas afiadíssimas.

MINA DE OURO

A ordem no staff político do governo Azevedo é explorar o acontecimento mais inusitado da sucessão de 2012: a aliança entre os ex-prefeitos Fernando Gomes e Geraldo Simões.

Os azevistas acham que a inesperada aproximação entre FG e GS vai prejudicar a campanha da ex-primeira dama e pré-candidata Juçara Feitosa. O tiro vai sair pela culatra.

Já tem gente até dizendo que Fernando Gomes já conhece a casa de praia de Geraldo. Um irritado ex-fernandista chega a dizer que uma foto com Geraldo, Fernando e Juçara vale uma boa grana.

Pois é. Coisas da política. Do movediço, teatral e traiçoeiro jogo político

Marco Wense é articulista do Diário Bahia