Mulheres exibem cartazes contra a violência e pela liberdade (Foto Zeka).

Estudantes, professores, profissionais liberais e sindicalistas de Itabuna ocuparam a avenida do Cinquentenário na primeira Marcha das Vadias realizada em um município do interior do Nordeste. Puxado pela percussão do projeto Encantarte, o protesto bem humorado denunciou a violência e o preconceito contra a mulher. A marcha começou no Jardim do Ó e foi encerrada na praça Adami, despertando a atenção de comerciários e de consumidores que foram às ruas às vésperas do Dia das Crianças.

Ativista lembra: roupa não pode ser apontada como causa de violência contra a mulher (Via Facebook).

Homens, mulheres e atividades de movimentos pela diversidade sexual exibiam cartazes com números da violência contra a mulher em Itabuna, no Brasil e no mundo. Em Itabuna, a coordenação da marcha levantou números impressionantes. Somente em 2011 foram registrados 1.305 casos de violência contra a mulher, conforme dados da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). A professora Daniela Galdino, uma das coordenadoras da marcha, lembra que o município tem apenas 204 mil habitantes.

Outros números referem-se ao país. Uma mulher é agredida no Brasil a cada 12 segundos, 54% dos estupros são cometidos pelos maridos, de acordo com o Instituto Patrícia Galvão e a ONG C-Fêmea. Na Marcha das Vadias, também sobraram protestos contra o governador Jaques Wagner, pelo pagamento da URV aos servidores públicos estaduais, e contra o professor de Filosofia, Fernando Caldas, que expôs opinião contrária ao evento. Confira as fotos da Marcha feitas por Zeka.

Entenda o porquê do nome da marcha

Homens e mulheres denunciam violência contra a mulher durante marcha (Foto Zeka).

Cartazes expressam reação às formas de violência contra o sexo feminino (Foto Zeka).

Na base do humor, ativista despacha crítica ao professor Fernando Caldas, que se opôs à marcha (Zeka).

Manifestante dá a dica sobre como denunciar violência contra a mulher (Zeka).

Jovem dá o triste placar da violência contra a mulher em Itabuna (Foto Luiz Carlos Jr).