. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), evitou dar, nesta quinta-feira, declarações de apoio à permanência do ministro do Esporte, Orlando Silva. Indagado sobre a possível queda do comunista, o líder foi evasivo: “Na condição de líder do governo, eu não posso me posicionar sobre saída ou escolha de ministro. Eu posso falar sobre o meu caso, a minha saída. Sobre os ministros e os outros líderes do governo não posso falar. Quem decide isso é a presidente da República”, esquivou-se.
O petista também tratou a demissão como um fato quando indagado a respeito dos efeitos da crise sobre a organização da Copa do Mundo de 2014: “Não vamos confundir demissão de ministro com crise no governo, ou crise de execução. Todos os projetos do Brasil estão caminhando bem”.
As afirmações de Vaccarezza – que, em casos anteriores, fazia questão de falar em “presunção de inocência” para defender ministros ameaçados por denúncias de corrupção, indicam que, dentro do governo, a saída de Orlando Silva é considerada uma certeza.
Vaccarezza negou que a base aliada tenha cochilado ao permitir que a oposição aprovasse nesta quarta-feira, na Comissão de Fiscalização Financeira, um convite para que o delator João Dias falasse aos deputados. A ausência de governistas na reunião, diz o líder, foi intencional.
“Agora eu posso falar: vocês acham que, se a gente fosse cochilar sobre algum assunto, a gente iria cochilar nesse? A oposição queria fazer um palanque. Todos os dados que o João Dias tem, ele vai colocar em VEJA. E ele vai depor na Polícia Federal. Que importância vai ter nós fazermos uma briga sobre isso?”, afirmou o petista, contradizendo afirmações que dera há três dias.
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