Em Ilhéus, pequenos agricultores, extrativistas e população tradicional do distrito de Aritaguá e vizinhanças, estão apavorados com a possibilidade de serem obrigados a deixarem suas terras.
A mudança de localização do Porto Sul da Ponta da Tulha para a localidade de Aritaguá não altera o temor que sente as comunidades tradicionais sobre os impactos negativos que serão provocados, caso o IBAMA autorize a obra.
As instituições presentes e a imprensa observaram na reunião de hoje, que existe uma forte rejeição ao projeto por parte dos moradores locais. Eles são gente simples, assentados, familias tradicionais dessa região, e dizem sentirem-se intimidados, e apavorados com a possibilidade de exílio obrigatório. Afirmam também que o Porto Sul não atende seus interesses, e que os coloca em uma situação desesperadora.
Moradores relatam a luta e a crença que têm em suas atividades, e, sobretudo no amor que têm pelas terras, tradicionalmente ocupada por agricultores, dentro de um modelo que se harmoniza com a conservação da natureza.
São muitos os relatos de que sinalizam para os valores imateriais, como a história dos lugarejos, a história dos mais velhos, as lutas coletivas, o espaço comum trdicional não apenas para os moradores, a amizade, os laços culturais, os vinculos de identidade, a identidade territorial, etc.
Os moradores criaram uma comissão, reunindo todos as comunidades da região. Eles entendem que não estão sendo ouvidos no processo, e que as falsas notícias que o projeto foi tem deixado as comunidades apreensivas.
O Bispo Diocesano da Igreja Católica do sul da Bahia caminha apoiando a luta dos pequenos agricultores, “seguindo a própria igreja, que deve estar do lado dos mais mais pobres, e dos excluidos da sociedade.
Paulo Paiva é jornalista e ambientalista (e-mail: psergiopaiva@hotmail).
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