Leila Arruda Campanha em cima de campanha! “Se dirigir não beba, se beber não dirija!”, “Seja o motorista da rodada!” e tantas outras tentativas de conscientização para se evitar acidentes no trânsito e o que se tem como resposta? Os números das estatísticas se multiplicando. Mas há uma certeza: definitivamente, álcool e direção formam uma dupla que está longe de dar certo. Não dá pra negar que a Lei Seca obteve resultados de sucesso, mas, ainda assim, é grande o número de motoristas com o reflexo desordenado resultante do efeito do álcool. Nesta imprudência vidas são ceifadas quando menos se espera. Alguns motoristas se negam a fazer o teste do bafômetro, como se isso diminuísse o teor alcoólico em seu sangue. Semana passada o Brasil acompanhou o caso de um jovem de 24 anos que perdeu sua vida por conta da violência no trânsito. O rapaz que há pouco tempo, em sua formatura, homenageava seu colega que havia morrido por consequência de um acidente de carro, interrompeu a vida pelo mesmo motivo. Imaginem quantos planos e sonhos foram destruídos naquele momento. A morte, nestes casos, sempre é fruto da imprudência de alguém e, desta vez, foi resultado da falta de atenção de alguém que invadiu o direito de se andar na calçada. Vitor Gurman morreu e ainda não se sabe o fato real do atropelamento, já que a motorista, também muito jovem, se recusou a fazer o teste do bafômetro. Se pararmos alguns minutinhos pra pensar, perceberemos que não é uma realidade distante de nós. Praticamente todo mundo já perdeu alguém próximo vítima da dupla, que não é nada sertaneja. No Brasil existem medidas para coibir essa infração, mas por que será que justamente aqui funciona pouco? Seria questão de educação ou consciência? As respostas virão quando as teorias passarem de papéis para ações e as punições forem realmente válidas. As brechas existentes nas leis permitem que, a não obrigação de produzir provas contra si, tornem os indivíduos ousados a ponto de sair por aí atropelando as pessoas e não serem submetidos a testes que comprovem sua imprudência. Provas verdadeiras que o álcool ainda mata e isso aqui não é um apelo para que as pessoas deixem de beber, mas que sejam responsáveis em seus atos, além disso, são um parêntese da verdadeira situação da legislação do país. Quando o Brasil realmente tiver sede de mudança, as leis funcionarão, os irresponsável serão punidos e as tragédias diminuirão. E enquanto isso não acontecer, as fiscalizações não passarão de verdadeiras piadas. A autora é estudante de jornalismo da Unime Itabuna |
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sábado, 6 de agosto de 2011
E o álcool ainda mata..., por Leila Arruda
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