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quinta-feira, 7 de julho de 2011

EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA PAÇOCA


No ano da graça de 2009, época em que Dilma Rousseff e Alfredo Nascimento coabitavam o governo Lula, ela enxergava nele uma “pessoa talentosa”.

Nessa época, Dilma era pré-candidata à Presidência e Nascimento preparava-se para disputar o governo do Amazonas.

Instada a comentar as pretensões eleitorais do colega de Esplanada, Dilma soou assim:

“Acho que o Alfredo tem todas as condições de ser, de pleitear qualquer cargo, inclusive o de governador do Estado do Amazonas...”

“...E, para o que ele for, para o que ele pretender ser, terá sempre o meu apoio”.

Em 2010, derrotado nas urnas, Nascimento pretendeu ser, de novo, ministro dos Transportes. Dilma o nomeou, sob aplausos de Lula.

Levado às manchetes em posição constrangedora, Nascimento viu o apoio de Dilma, que era “para sempre”, ruir em quatro dias.

Moral: em política, mais vale a eloquência do não-dito do que a superficialidade do declarado. Ou ainda: em boca fechada não entra mosquito.

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