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terça-feira, 7 de junho de 2011

A LENTIDÃO DA JUSTIÇA COM O CIDADÃO HUMILDE

Na ocasião, 30 de julho de 2010, a acusação foi feita ao Conselho Tutelar que enviou um relatório da denúncia para o ministério público que pediu a prisão de Benedito.
Preso, o mesmo alegava inocência e chegou a ser espancado pelos companheiros de cela que detestam quem comete o crime de estupro.

Benedito Martins passou 107 dias atrás das grades, pagando por um crime que não teria cometido.
Após ganhar liberdade, o senhor Benedito não pôde ficar junto de suas filhas. Na época, o juiz substituto Dr. Alexandre, que respondia pela comarca de Luís Eduardo, mandou as crianças para uma casa de custódia na cidade de barreiras, alegando que o pai não poderia conviver com as crianças.
Mesmo em liberdade, Benedito Martins convivia com a dor de viver longe das meninas e da desconfiança da sociedade. Começava assim, uma guerra entre a defesa e o ministério público que buscava pela condenação de Benedito.
Durante o decorrer do processo as meninas foram examinadas por dois peritos do IML em Barreiras que atestaram que as crianças não sofreram abusos. Mesmo assim, o pai das crianças ainda era considerado culpado pelo ministério público e pela justiça, na época representada por Dr. Alexandre. Estava ali travada mais uma intensa luta entre a defesa e acusação.
Depois de idas e vindas, enfim; hoje, sexta-feira, 03, aniversário de Benedito Martins, saiu a decisão final da justiça: o senhor Benedito foi considerado inocente.
Na decisão assinada pelo juiz Claudemir da Silva, determina ainda a volta imediata das crianças ao seio familiar. A vitória mais esperada por Benedito. “O que eu mais quero é voltar a conviver com minhas filhas. Elas são um pedaço de mim”. Diz Benedito com lágrimas nos olhos.

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