BLOGNOVELA: A ADMIRÁVEL FAMÍLIA KYSIVISKY

(CONTIN..)...enorme mausoléu. Ainda dava tempo de voltar, mas eu não podia fazer desfeita. Não para Joshua que sempre fora tão amável comigo. E se ele fosse um lunático? Mas será? Ele e toda a família? Não! Eu estava ficando paranóica. Aquilo não tinha cabimento. Entrei com meu vestido negro, liso e rodado e meus sapatos de veludo, estilo boneca. Cabelos longos e penteados. Toquei a campainha e fui recebida pelo Rudolf, tio do Joshua. Cabelos cacheados e avermelhados, olhos verdes e aquela mesma pele rosada do Joshua, bonito também. Beijou-me a mão e disse-me:

-Entre senhorita, esteja a vontade. Fiquei tímida. Afinal eu era a única mulher daquela casa. Os móveis eram sombrios, estranhos, escuros. Velas acesas por diversas partes, um verdadeiro jantar a luz de velas e quando fui andando vi que na mesa, tinha um verdadeiro banquete. Com os melhores vinhos e um enorme pernil assado. Joshua veio se aproximando e me abraçou. Beijou-me a face e disse: -Sente-se aqui comigo. Levando-me para um enorme sofá no hall . Pareciam esperar por alguém e, de fato, era! Eles esperavam por Santino Kysivisky, o patriarca da família. Aquela mansão era mais sombria do que eu pensei e sim, notei que eles eram realmente estranhos. Mas aquilo não me incomodava e nem me intrigava. Gostava do Joshua e do seu jeito amável e fiel de ser para comigo. Finalmente nos dirigimos para aquela imensa mesa de jantar. Santino aproximava-se, em passos lentos. Que roupas estranhas ele vestia. Parecia estar no século XVI calças quase coladas, paletó de gola sapatos estilo colonial e que face. Meu Deus, que face! Santino era um muito diferente do filho e do irmão. Cabelos negros e longos, alcançando o ombro, a pele... Ah, aquela pele! Alva como a neve, parecia sem vida a ressaltar os corais da sua face. Rosadas! Ele deveria ter uns 47 anos, mas aparentava 30. Ele apenas me olhou e disse: Boa noite, querida! Seja bem vinda! Sente-se a mesa conosco. Eu corei. Minhas pernas ficaram bambas e tenho certeza que todos perceberam. Respirei fundo e dei um sorriso tímido. Queria sair correndo dali, mas se o fizessem iam achar que eu era louca. Fiquei. Sentei-me aquela mesa e coloquei o guardanapo de seda nas minhas pernas. Eu suava frio e saberia que teria problemas no jantar. Santino me olhava, sentou-se a cabeceira, claro! Antigas tradições de família e então me disse:

Continua no próximo Capítulo da novelog

Taty Fontes

Escritora