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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TRAFICANTE MARIA MÁRCIA É EXECULTADA


Por Ronildo Brito

A vida no tráfico de drogas de Maria Márcia Silva Oliveira, a “Márcia”, 34 anos de idade na época, foi descoberta no dia 30 de janeiro de 2008, quando a Polícia Civil de Itamaraju estourou uma “boca de fumo”, que estava em pleno funcionamento, administrada por integrantes de uma mesma família e que servia, conforme investigações comandadas pelo então delegado de Itamaraju, Júlio César Telles, como base de distribuição para outros pontos de venda de entorpecentes da cidade.

A “boca de fumo” já vinha sendo monitorada, mas a ação policial foi desencadeada, depois que a juíza Jeine Guimarães expediu mandado de busca e apreensão. Quando chegaram ao local, os policiais se depararam com o comércio livre de drogas, sendo que Antonio Marcos Silva Oliveira, o “Quinho”, 27 anos de idade, foi preso em flagrante com 39 pedras de crack, devidamente embaladas e prontas para a venda. “Quinho” foi condenado pela Justiça, cumpriu pena no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas e hoje está em regime semi-aberto.

Na época a Polícia Civil de Itamaraju anunciou uma verdadeira caçada a uma irmã de “Quinho”, Maria Márcia Silva Oliveira, a “Márcia”, 34 anos de idade na época, considerada a dona do ponto de distribuição de drogas. Ela conseguiu fugir mesmo tendo em seu desfavor um mandado de prisão expedido pela Justiça. Posteriormente os advogados que defendiam a mulher acusada de tráfico de drogas conseguiram relaxar o pedido de prisão da mesma.

Acontece porém, que a então juíza da comarca de Itamaraju, Jeine Vieira Guimarães, que estava de licença maternidade no período, voltou às suas atividades, e depois de solicitada pela Polícia Civil, expediu novo mandado de prisão.

Como o pedido tinha sido expedido de forma sigilosa, Maria Márcia Silva Oliveira, a “Márcia”, não sabia da decisão, tanto que na tarde de quinta-feira do dia 30 de outubro do mesmo ano de 2008, resolveu fazer uma visita ao seu irmão, Marcos Silva Oliveira, o “Quinho”, 27 anos de idade, que estava preso no Complexo Policial de Itamaraju.

Assim que chegou à Delegacia da Polícia Civil (DEPOL) e anunciou que queria visitar o seu irmão, Márcia chamou a atenção dos policiais civis. Em posse da nova ordem de prisão o delegado Júlio César Telles teve a paciência de aguardar o final da visitação, já por volta das 15h, momento em que deu voz de prisão à mulher e a recambiou para uma cela feminina localizada no rol de entrada para os dois pavilhões do presídio da cadeia local.

A condenação

E no final da tarde de terça-feira, dia 14 de abril de 2009, a juíza Jeine Guimarães optou pela condenação de Maria Márcia Silva Oliveira, a “Márcia”, em pena de 5 anos de prisão em regime fechado, por tráfico de drogas.

A execução

Após cumprir parte da pena na ala feminina do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, Maria Márcia ganhou o benefício de cumprir o restante da condenação em regime semi-aberto no próprio Complexo Policial de Itamaraju, cidade onde a mesma era radicada e tinha familiares.

E na madrugada desta terça-feira (21/02), por volta das 05h, Maria Márcia deixou as dependências da Delegacia da Polícia Civil de Itamaraju (DEPOL), onde passou a noite e se dirigiu à sua residência situada na rua Manoel Vitorino, número 840 – bairro Fátima – região central da cidade. Assim que chegou em sua casa a mulher teria notado uma movimentação estranha, mas mesmo abriu a posta da frente do imóvel, onde um homem já estava em poder de um dos seus filhos.

Pelo depoimento dos vizinhos não houve tempo para conversa ou discussões, já que o matador de arma em punho disparou várias vezes. Maria Márcia ainda tentou se defender colocando as mãos na frente da arma, quando o atirador disparou. As duas mãos da mulher foram alvejadas, havendo fraturas expostas nos dedos.

A arma usada do crime foi de alto poder de destruição, possivelmente tenha sido pistola ponto 40 ou 380 e o que provocou a morte instantânea de Maria Márcia Silva Oliveira, a “Márcia, que atualmente estava com 37 anos de idade, foi um tiro que atingiu-lhe a cabeça, havendo transfixação e perda de maça encefálica. A quantidade exata de projéteis que possam ter acertado o corpo da mulher só será conhecida após os exames de necropsia, a cargo do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Após receber os disparos Maria Márcia ainda foi socorrida por populares e levada ao Hospital Municipal de Itamaraju (HMI), onde já chegou sem vida.

Nas próximas horas o delegado Gean Nascimento deve falar das primeiras providências da Polícia Civil frente ao crime, típico de execução, já que o assassino não levou nada da casa e deve ter permanecido por várias horas dentro do imóvel, com o filho de Márcia em seu poder, aguardando apenas a chegada da mulher.

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