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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

DIAGNÓSTICO TARDIO E AIDS AINDA MATANDO


Um estudo feito na USP (Universidade de São Paulo) mostra que 40% das mortes por Aids no Brasil estão associadas ao diagnóstico tardio, o que poderia explicar a pequena redução da taxa de mortalidade pela doença na década. Em 2001, foram registradas 6,4 mortes a cada 100 mil habitantes. Em 2009, o índice foi de 6,2 por 100 mil habitantes. Alexandre Grangeiro, responsável pelo estudo, diz que "o fim do diagnóstico tardio poderia gerar uma redução na mortalidade equivalente àquela registrada com o início do uso de remédios anti aids". Com os antirretrovirais, a taxa de mortalidade pela doença foi reduzida em 43%. Se o diagnóstico tardio fosse superado, essa queda poderia chegar a 62,5%, diz o pesquisador. – A identificação de pacientes poderia ter poupado a vida de 17 mil pessoas em quatro anos. Outro dado apontado pelo trabalho explica o motivo: uma pessoa que inicia tardiamente o tratamento tem um risco 49 vezes maior de morrer do que outra que começa o acompanhamento no período adequado. O diagnóstico tardio é um problema há tempos identificado pelas autoridades sanitárias. Mas, até o trabalho conduzido por Grangeiro, não havia dados que revelassem o impacto dessa demora nas estatísticas de morte

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