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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

CÂMARA DA SAFADEZA


Guardadas as devidas proporções, o processo de mudança na Câmara Municipal de Itabuna lembra o fim da ditadura militar (1964/85). Em nosso Legislativo, existe um processo de mudança da paradigma administrativo marcado pela submissão absoluta ao Poder Executivo. Tal como no fim do regime autoritário, quem está no poder não quer sair. Foi assim na época das “Diretas Já”. Os militares trabalharam contra a eleição direta para presidente. Queriam sair sem serem escorraçados pelo povo. Na eleição da mesa diretora, Clóvis Loyola também quer dar a última palavra.

Verdades - Não precisa estar na Câmara Municipal para saber o que está ocorrendo na Casa do Povo. Na verdade, os assuntos mais interessantes ocorrem fora do Espaço Cultural. Por exemplo, a trama que resultou na eleição do vereador Ruy Machado (PRP), até onde este jornalista sabe, aconteceu na praia em Ilhéus e não na sede do nosso parlamento itabunense.

Verdades II - Não precisa estar na Câmara Municipal de Itabuna para tomar conhecimento, por exemplo, que existe vereador que, em emissoras de rádio, blog ou mesmo jornal, aparecem como os verdadeiros defensores do povo, no entanto, nos intramuros do Poder Legislativo é conhecido como “senador”em função de sua envergadura e o destrato com os servidores da Câmara Municipal de Itabuna. Coisa que nem precisa estar na Casa para saber que ocorre.

Verdades III - Também não há necessidade alguma de estar na Câmara Municipal de Itabuna para saber que existe vereador que se recusa a tomar a água servida na Câmara Municipal de Itabuna. A mesma água servida aos parlamentares é oferecida ao cidadão, mas por razões que este humilde jornalista desconhece, a água da Câmara não mata a sede do edil.

Verdades IV - Pedir um fim na demagogia e principalmente na hipocrisia de alguns dos nossos detentores de mandato eletivo é pedir demais e isto este humilde jornalista não abriga a mínima dúvida. Mas, acho que pedir encarecidamente que todos os vereadores encerrem definitivamente esse duelo de interesses e se concentrar no trabalho para que foram eleitos, talvez seja muito mais fácil mesmo.

Verdades V - Já disse isso, mas parece que a mensagem não foi muito bem captada, então vou repetir: este humilde jornalista não tem filiação partidária e, por consequência, não possui cor partidária. A minha cor é a cor de Itabuna. Pela cidade que me acolheu, muitos amigos, muitos amores eu vou até as últimas consequências. Isso sim.

Nota do Blog - Ao observar o bate-boca de vereadores, dona Lurdes mostrou muita sapiência e disse: “Eu posso não ter formação superior, mas tenho vergonha de vocês”. Quer dizer: Dona Lurdes pode não ter diploma superior, mas tem algo que está em falta no Legislativo. Honradez e acima de tudo espírito público. E a falta desses dois pilares que fazem um bom representante popular, explica claramente tudo que vem ocorrendo ultimamente na Câmara Municipal de Itabuna.

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