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sexta-feira, 28 de maio de 2010

VACINA CONTRA H1N1 NÃO OFERECE RISCOS

Após vacina, pode haver falso positivo para HIV, mas médico garante que não há o que temer
28/05/2010 -

Foto: Márcio Garcez (ASN)

Pessoas que tomaram a vacina contra a gripe H1N1 e, em seguida, se submeteram ao teste de HIV, podem ter recebido resultado positivo, mesmo sem ter o vírus da Aids. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que não há motivo para preocupação. De acordo com o gerente do programa estadual DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde de Segipe, Almir Santana, isso acontece porque um componente da vacina altera o resultado do teste.

"O falso resultado ocorre porque a vacina contra a gripe aumenta a produção de um anticorpo, chamado de IgM, o primeiro batalhão de defesa do organismo, que 'engana' o Elisa, teste mais comum feito no Brasil para diagnosticar o vírus da Aids. Essa reação faz o organismo reproduzir uma condição parecida com aquela de quem tem o vírus HIV", explica Almir Santana. Por sua vez, o ministro da Saúde José Gomes Temporão enfatiza que a vacina contra H1N1 não oferece nenhum risco de transmissão do HIV.

Segundo a Anvisa, o problema pode ocorrer até 112 dias após a aplicação da vacina, período em que o paciente deverá refazer o teste. "Ninguém precisa se preocupar, porque nenhum paciente vai receber o resultado positivo sem que seja feita a contraprova. O teste realizado para confirmação do primeiro exame é muito mais sensível, o que impede um resultado equivocado. Por esse motivo, não há risco de liberação de falsos positivos", afirma a responsável pela área de Laboratórios do Departamento de AIDS do Ministério da Saúde, Lílian Inocêncio.

Apesar do contratempo que pode ser causado para quem precisa se submeter ao teste HIV, é fundamental que todos se vacinem contra a gripe H1N1, principalmente com a iminência do inverno, época do ano mais propícia à proliferação de afecções respiratórias. Durante o inverno, as pessoas geralmente ficam mais aglomeradas e em locais fechados, o que facilita a propagação do vírus da gripe H1N1.

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