A oposição na Câmara de Deputados usou da estrutura de seus gabinetes para defender as ideias do pré-candidato à Presidência José Serra (PSDB) nos debates da campanha. Os deputados ACM Neto (DEM) e de João Pizzolatti (PP-SC) foram além da orientação da bancada: os assessores repassaram por e-mail funcional mensagens com ataques à pré-candidata petista Dilma Rousseff. Os e-mails intitulados "Dilma Rousseff e suas vítimas fatais", acompanhava fotos de militares que teriam sido "assassinados pelo grupo terrorista" da petista. Ofícios com timbre da Câmara, assinados pelo líder do DEM, Paulo Bornhausen (SC), distribuíram "paper" para a campanha do tucano, com a orientação de que parlamentares da oposição deveriam utilizá-lo em discursos e entrevistas. Os ofícios distribuídos por funcionários do DEM foram parar, por engano, em gabinetes de deputados petistas, que também receberam os e-mails repassados com os ataques. O líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP), pediu abertura de sindicância ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Os deputados reconheceram os desvios e anunciaram a exoneração dos servidores que repassaram os e-mails e a devolução do dinheiro gasto na distribuição do "paper" da campanha do tucano. Os servidores exonerados negaram intenção política. Informações da Folha.
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