O caso do jornalista Tim Lopes, sequestrado, torturado e executado em uma favela carioca em 2002, chocou o Brasil e
afetou de maneira especial os profissionais da imprensa. Quem viveu de perto esse drama foi o chefe de Reportagem da TV Globo na época, Marcelo Moreira. Hoje ocupando o cargo de vice-presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e, desde 2006, integrante do conselho da International News Safety Institute (Insi), Moreira trabalha em prol da segurança de jornalistas.
Em entrevista ao Nós da Comunicação, o editor-chefe do jornal RJTV comentou os números divulgados pelo Insi: ano passado, 132 profissionais de mídia morreram no exercício da profissão. Veja a notícia que publicamos na quinta-feira, 7 de janeiro, em ‘Mais em Nós’.
Nós da Comunicação – Apesar de as estatísticas de 2009 terem sido excepcionalmente aumentadas pelo caso de Maguindanao, nas Filipinas, onde 31 jornalistas foram assassinados em um evento político, está cada vez mais perigoso o exercício do jornalismo pelo mundo?
Marcelo Moreira – Esse ano teve o caso das Filipinas que foi, disparado, o mais sangrento de ataque contra jornalistas registrado. Tirando os 31 mortos na ocasião, 2009 não teria sido o pior ano. Esse episódio fez o país ficar em primeiro lugar no ranking, mas consideramos o México – e há alguns anos já – o pior país para o exercício da profissão de jornalista com relação à segurança.
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