O ESTADO REFÉM DO CRIME

'É uma guerra difícil', diz secretário de Segurança

César Nunes afirmou que outros presos podem ser transferidos de presídio O secretário de Segurança Pública do Estado reconheceu nesta terça-feira (8), em entrevista coletiva, que Salvador vive uma guerra contra o tráfico de drogas. César Nunes disse que a polícia investiga se as ordens para os atentados na capital estão partindo de dentro dos presídios. Ao lado do comandante geral da Polícia Militar, coronel Nilton Mascarenhas, e do delegado-geral da Polícia Civil, Joselito Bispo, César Nunes explicou aos jornalistas a origem dos ataques. ‘Foi em decorrência da transferência de Cláudio Campanha para o Presídio Federal do Mato Grosso [do Sul] e a partir do sábado mesmo já tivemos uma reunião preliminar, foi reforçado o policiamento em Salvador. Mas é de todo impossível você colocar um policial em cada ônibus que esteja em circulação. É uma guerra? É. É uma guerra difícil, é uma missão difícil combater o tráfico de drogas’, admite o secretário. César Nunes falou também sobre a prisão de suspeitos de envolvimento nos atentados. ‘Já temos aí a prisão de três suspeitos, um deles foi autuado em flagrante. Teve também, no confronto, três bandidos que perderam a vida e esperamos que em breve venhamos a apresentar todos esses que estão praticando essas ações’, prevê César Nunes. A polícia suspeita que as ordens para os ataques possam estar partindo de dentro dos presídios. ‘Outros traficantes que estão substituindo Cláudio Campanha no comando e a partir do presídio estão dando essas ordens para esses ataques. Se necessário for também serão removidos para presídios de segurança máxima, presídios federais em outros estado’, afirma. O secretário de Segurança Pública que reforçou o policiamento na capital para combater a ação dos traficantes. ‘Nós temos 24 eixos que estão sendo permanentemente monitorados com viaturas. Nós temos 12 guarnições de fora, que estão em Salvador para esse reforço de policiamento. Nós temos um reforço na área da Polícia Civil, dos nosso grupos de atuações especiais. Então, todo esse aparato policial é que vai trazer tranqüilidade da população. Ninguém aqui está com timidez, sem comando, não. Tem comando e tem polícia. O que a gente não pode é deixar o estado refém dos bandidos’, disse o secretário César Nunes.