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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FOTO VAI ESCLARECER MORTE DE PERÍTO

foto: tv bahia

O perito da Polícia Civil foi morto durante uma abordagem policial

Uma fotografia do corpo do perito Hilton Rivas, depois de ser baleado, vai ser usada pelos advogados da família para provar que ele não sacou a arma.

O perito foi morto há dois meses durante uma abordagem da Polícia Militar, no Centro Histórico de Salvador. O tenente Fagner Castro disse no inquérito militar que atirou em legítima defesa.


Uma imagem guardada em segredo pelos familiares dos peritos Hilton Rivas. Ela foi apresentada terça-feira (22), durante a reconstituição da morte dele.

O perito da Polícia Civil foi morto durante uma abordagem policial no Largo de Santo Antônio, em julho deste ano.

‘Fica bem claro na foto que abaixaram a calça dele até a região do joelho. E muito mais do que isso. Colocaram a arma muito próxima à mão esquerda, só que Hilton é destro. Mostra e deixa claro a foto que foi manipulado o local do delito. Estamos preparando para apresentar essa foto ao Ministério Público para que seja feita a perícia quanto à foto, para ficar tranquila a veracidade da foto’, afirma Marcelo Duarte, advogado da família.

A Justiça vai determinar se o tenente da Polícia Militar Fagner Castro, investigado pela autoria dos disparos agiu ou não em legítima defesa. Além da foto apresentada ontem, existe uma outra que já foi anexada ao processo. Para a Promotoria, apenas uma pode revelar a verdadeira cena da morte do perito. A outra seria uma fraude, uma montagem – o que coloca na mão da Justiça mais uma investigação, agora de crime de falsidade ideológica.

‘São fotos que não dão uma nitidez muito grande. Então, não dá para dizer qual a que foi montagem. Por isso que só a perícia agora’, explica Luiz Santana, promotor do Ministério Público.

‘É o correto porque os questionamentos se a arma caiu longe, se a arma caiu perto, quem vai poder dizer é a perícia. Porque vai de acordo com a estatura da pessoa, com o peso, com o peso do objeto, com a maneira como essa pessoa estava segurando o objeto nas mãos. Então, todos esses fatores vão influenciar para o objeto cair perto do corpo, cair longe do corpo, cair a uma distância mediana do corpo’, diz Bruno Bahia, advogado de Fagner Castro.

As duas fotos foram tiradas de aparelho celular. A perícia vai poder atestar a autenticidade ou não de cada uma. ‘É necessário que o perito que vai analisar essas fotos tenha acesso também ao aparelho, ou aparelhos, que produziu essas fotografias. Se não houver uma definição de qual foto é verdadeira, nenhuma valerá’, afirma Gerluiz Paixão, presidente do sindicato dos peritos.

iBahia

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